domingo, 4 de setembro de 2016

domingo, 30 de setembro de 2012

Observatório Sócio-ambiental de Barragens

O Projeto Observatório Sócio-Ambiental de Barragens integra a linha de pesquisa Setor Elétrico, Território, Meio Ambiente e Conflito Social (SETMACS), que é desenvolvida pelo Laboratório Estado, Trabalho, Território e Natureza (ETTERN), do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (IPPUR), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O Laboratório ETTERN existe há mais de doze anos e compreende, entre outros temas, uma experiência de produção científica acerca das ligações entre o planejamento territorial e o setor de planejamento energético no Brasil, ambos em escala nacional, regional e local.
 
O que é o Observatório?
O Observatório Sócio-Ambiental de Barragens foi desenvolvido como um sistema de informações que incorpora dados sobre as especificações técnicas, as articulações corporativas, os impactos ambientais, as pendências sociais, os conflitos e os rearranjos espaciais engendrados pela construção de barragens no Brasil. O Observatório almeja sistematizar e organizar informações sobre o setor elétrico, acompanhando suas mudanças, e proporcionando o assessoramento de pesquisadores e ativistas de movimentos sociais.
Este foi concebido como um banco de dados online, abrigando as informações registradas e contendo fichas de cinqüenta barragens. Nosso objetivo será realimentar este banco ininterruptamente, tanto através da atualização das fichas, como através da inserção de novas hidrelétricas no sistema. Busca, portanto, disponibilizar informações atualizadas e detalhadas que permitam um maior debate na sociedade acerca dos problemas e benefícios da construção de barragens.  As informações a serem disponibilizadas são de ordem:  (a) Técnica; (b) Econômica; (c) Jurídica; (d) Ambiental; (e) Social; (f) Referências bibliográficas.
Nesse sentido, consideramos que a principal inovação do Observatório consiste em permitir que diferentes atores sociais, organizações governamentais e não-governamentais, pesquisadores e ativistas sejam capazes de acessar, de modo fácil, um banco de dados com informações que lhes são necessárias para planejar, assessorar e debater a reparação individual ou coletiva dos impactos de grandes barragens.
As motivações para a criação deste Projeto surgiram quando começamos a observar nosso esforço constante, e na maior parte das vezes frustrado, em oferecer informação sistemática e sintética sobre as transformações ambientais e sociais das barragens no Brasil. Nesse sentido, este Projeto surgiu, em grande parte, em virtude da demanda por informações a respeito das barragens brasileiras, construídas com pouquíssimo acesso e controle da sociedade.
A equipe de pesquisa do OSAB é composta por:
Carlos Vainer- Coordenação Geral
Flávia Braga Vieira- Coordenação Adjunta
Eduardo Campbell- Pesquisador
Juliana Romeiro- Pesquisadora
Márcio Cabezas- Assistente de Pesquisa
Monik Ximenes- Estagiária

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Contribua para a construção da sede da Centro Cultural Caiçara - Associação dos Jovens da Juréia


O PROJETO
Você sabe o que é ser caiçara? Já ouviu falar na Estação Ecológica da Juréia? Por acaso sabe dançar fandango, sabe o que é uma rabeca ou qual árvore é a caixeta?
Na busca por disseminar o conhecimento desses elementos importantes de nossa comunidade, nós da Associação de Jovens da Juréia (AJJ) iniciamos um projeto de ampliação de nossa sede com a construção do Centro de Cultura Caiçara na Barra do Ribeira, onde sonhamos criar um pólo de vivência e difusão da cultura caiçara para escolas, comunidades locais e visitantes.
Será um espaço para viver a cultura caiçara!
Com a sede, teremos melhor infraestrutura para realizar as atividades que já estão em andamento e possibilidade de contribuir ainda mais para a valorização de nossa cultura. No novo espaço, teremos:
• Criação de peças feitas com a madeira da caixeta (árvore nativa da Mata Atlântica) utilizando técnicas locais de artesanato;
• Venda de produtos das oficinas de artesanato;
• Turismo de base comunitária;
• Oficinas de educação ambiental, cultura caiçara (dança, música, culinária, artesanato, compartilhamento de saber etc) e tecnologia;
• Espaço multimídia;
• Reuniões para estruturar a participação da comunidade nos diferentes grupos e fóruns nacionais na luta pelo direito ao território das comunidades caiçaras da Estação Ecológica da Juréia;
• Desenvolvimento de projetos próprios em três eixos temáticos: sociocultural, socioeconômico e socioambiental; e
• Bailes, festas tradicionais e eventos.
Vindo nos visitar, você poderá vivenciar as danças e músicas do Fandango Caiçara, aprender a fazer uma paçoca de carne seca, interagir através de brincadeiras caiçaras, entalhar objetos em madeira e conhecer o espaço onde os jovens caiçaras poderão criar e aprender com as novas tecnologias.
Após um longo caminho percorrido na construção desse espaço, com muitos mutirões construtivos dos moradores da região, estamos na reta final da obra do Centro de Cultura Caiçara e é aí que você entra!
Queremos inaugurá-lo em 3 meses e você pode nos apoiar para terminar a construção desse espaço e vir viver a cultura caiçara!
Junte-se a nós nessa campanha, seja nosso parceiro nessa iniciativa a favor da cultura caiçara e venha nos conhecer e celebrar essa conquista no Baile Inaugural de Fandango no Centro Caiçara!
Sobre a AJJ
A cultura caiçara é uma manifestação tradicional brasileira muito diversa cultural e ambientalmente. É um modo de ser e viver dos moradores das regiões litorâneas do Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo, que tem sua tradição baseada na relação com o mar e outros ecossistemas locais, como a Mata Atlântica, manguezal e restinga. A comunidade da Juréia está localizada entre as cidades de Iguape, no Vale do Ribeira, e Peruíbe, no litoral sul de São Paulo.
Em 1986, por um decreto do governo estadual, foi criada a Estação Ecológica da Juréia nesta região e a comunidade caiçara local perdeu o direito de viver em seu território. Com isso, muitas pessoas foram forçadas a se mudar, deixando para trás suas identidades e raízes.
Em busca de valorizar e garantir a continuidade da cultura e território caiçara é que jovens e famílias caiçaras da Juréia criaram, em 1993, a Associação de Jovens da Juréia (AJJ), uma organização não-governamental sem fins lucrativos. As ações da AJJ tem como principal objetivo buscar formas de sustentabilidade integral das comunidades caiçaras, em especial na Juréia.
Ser caiçara é hoje um grande desafio que envolve encontrar formas sustentáveis de garantir a continuidade e valorização da cultura em nossos territórios, áreas cobiçadas pela especulação imobiliária ou protegidas integralmente pelas Áreas de Conservação Ambiental; mas é também uma grande inspiração para a humanidade, um exemplo de modo de vida sustentável, cooperativo e de convivência harmônica com o ambiente.