terça-feira, 20 de outubro de 2009

Caiapós preparam novo protesto contra barragens no Xingu

Povo é conhecido por sua oposição às hidrelétricas na região.
Usina de 11 mil MW no Xingu será leiloada em dezembro.

fonte: Globo Amazônia, em São Paulo

Índios caiapó de pelo menos quatro reservas estão se dirigindo para o norte de Mato Grosso para protestar contra a construção da usina de Belo Monte, planejada para ser erguida no Rio Xingu, no Pará.

Segundo o líder indígena Megaron Txucarramae, que também administra o posto da Funai em Colíder (MT), pelo menos 150 pessoas estarão reunidas a partir do dia 28 no cruzamento entre a rodovia MT 322 e o Xingu, na aldeia Piaraçu, na terra indígena Kapot/Jarinã.

Os indígenas pretendem exigir a presença de representantes do Ibama, Funai e Ministério de Minas e Energia. “Se até o governo não atender a gente até o dia quatro, vamos paralisar a balsa, e ninguém vai atravessar”, diz Txucarramae.

Segundo o líder indígena, os caiapós estão especialmente aborrecidos com as declarações do ministro Edison Lobão. O chefe da pasta de Minas e Energia disse, no final de setembro, que via "forças demoníacas" impedindo a realização de usinas hidrelétricas de grande porte no país.

“Essa palavra é muito feia. Foi uma ofensa para nós e para quem defende a natureza”, comenta o líder indígena.

História de guerra

Os caiapós – que somam cerca de 6 mil pessoas, espalhadas entre o Pará e o Maranhão – são conhecidos por sua forte oposição a construção de barragens. Em maio de 2008, durante uma reunião sobre a construção de Belo Monte, eles utilizaram um facão contra o engenheiro da Eletrobrás Paulo Fernando Rezende.

O episódio foi muito parecido com uma reunião de 1989 – quando já se discutia a construção de Belo Monte –, em que a índia caiapó Tuíra encostou um facão no rosto do então diretor da Eletronorte, José Antonio Muniz Lopes, hoje presidente da Eletrobrás.

PAC

Os primeiros estudos para a construção de uma hidrelétrica no Rio Xingu são de 1980. Na última concepção do projeto, foi planejada uma barragem e canais que desviam parte leito do rio e levam a água para uma casa de força. Por conta disso, um pedaço do curso d’água de cerca de 100 km ficará mais seco.

A obra prevê a capacidade de geração de 4.719 MW no período seco e 11.181 MW com a usina operando em plena capacidade. Para se ter uma ideia, a usina de Itaipu – a maior do Brasil – tem capacidade para gerar 14 mil MW. Os reservatórios, incluindo os canais, ocuparão uma área de 516 km², o equivalente a um terço do município de São Paulo.

O projeto, cujo leilão está previsto para dezembro, é o maior empreendimento de produção de energia elétrica do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e tem sofrido críticas de ambientalistas. Na última terça-feira (13), um grupo de 40 cientistas publicou um documento questionando a viabilidade da obra.


Um comentário:

Amiga do Brasil! disse...

Forcas demoniacas e esta barragem de belo monte.Estou decpcionada com o governo brasileiro e esta ministro e tdos que foram comniventes com este ato absurdo.Pois se trata de um dano cultural para toda a sociedade brasileira.(Mexer com o RIO XINGU e mexer com a alma e a cultura de toda a sociedade brasileira que defende a cultura indigena os primeiros habitantes vai fundo na historia do Brasil a hostoria do sinvasores)Estou doente da minha alma por causa disso tanto que defendo o meu pais os povos da floresta)Governo dessa vez foi longe demais isto vai ficar uma mancha na historia do Brasil,o meu coracao esta ferido.Enqunto eu vivo num pais que poe bandeira spor todos os lados e os europeus pagam para conhecer uma ilha fazem uma coisa dessa com o RIO XINGU.O rio xingu e um territori sagrado para a cultura indigena e para todos brasileiros principalmente por esta historia tragica de invasoes.Nao aceito e nao vou aceitar palavras do Cacique Raoni caiapo estou com ele e nao abro como todas as liderancas que apoiam os povos da floresta isto foi um abuso um dano moral para a cultura brasileira este contrato deveria ser anulado,teria que todo o Brasil protestar para mostrar ao governo que quem manda no Brasil e o povo.Um projeto desse nao poderia ser jogado assi para a populacao teria que ser muito bem falado ao povo Brasileiro.Amiga do Brasil nao a barragem de belo monte.ristina Seabra Gotemburgo/Suecia