segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Barragem afeta estuário, sim senhores...

01/11/08 - 22h55 - Atualizado em 01/11/08 - 22h55
Casas estão ameaçadas pelo mar na Paraíba

Cliquem em cima do endereço-e e assistam a reportagem:

http://jornalnacional.globo.com/Telejornais/JN/0,,MUL846109-10406,00-CASAS+ESTAO+AMEACADAS+PELO+MAR+NA+PARAIBA.html

As praias são formadas por areia trazida pelo rios e como a maioria é represada para o abastecimento das cidades, a areia não chega até a praia e o mar toma conta da encosta, arrastando casas.

Na Paraíba, o mar avança e ameaça destruir casas e prédios no litoral. O motivo, mais uma vez, é a interferência do homem no meio ambiente. A praia quase desapareceu. Num trecho na Baía da Traição, no litoral norte da Paraíba, casas foram levadas pela água e mais de 50 podem cair. “Nós construímos essas casas com nossos esforços, tirando da pescaria, da agricultura e, de repente o mar levar assim, fica difícil para nossos filhos”, lamenta um homem. Quem nasceu na região, não consegue entender. “Nunca tinha visto. Estou com 50 anos e acho que a maioria do pessoal da minha idade também não viu isso”, disse um homem. Em João Pessoa, o problema chegou às principais praias e ameaça a Ponta do Seixas, extremo oriental das Américas. Uma pesquisa da Universidade Federal da Paraíba mostra que não foi o mar que avançou. As praias são formadas por areia trazida pelo rios e como a maioria é represada para o abastecimento das cidades, a areia não chega até a praia e o mar toma conta da encosta. “A água chegou porque o material sedimentar não está mais fazendo a contenção, tanto é que hoje nós estamos muito acima de praia porque o sedimento já foi levado embora”, explicou o geógrafo Paulo Rosa. Uma barragem é a principal reserva de água para o abastecimento da Grande João Pessoa. Segundo a pesquisa do geógrafo, os efeitos para construção da represa, ocorrida há 18 anos, estão sendo percebidos agora, principalmente nas praias do litoral sul do estado. Pitimbu foi uma das mais atingidas. A maioria dos moradores da orla, já deixou as casas. “A cada maré alta que acontecem, o mar vai batendo, a água vai escorrendo e chega até perto da calçada”, conta a freira Iracema Lemos. Ruínas, casas fechadas com placas de venda. A menos de dois meses do verão, a imagem lembra uma cidade abandonada.

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