Movimentos sociais promovem ato público contra Tijuco Alto em Curitiba
[18/03/2008 12:00]
http://www.socioambiental.org/nsa/detalhe?id=2627
Na última sexta-feira (14/3), lideranças de movimentos sociais do lado paranaense do Vale do Ribeira, promoveram manifestação contra a obra, em frente à sede do Ibama-PR, em Curitiba, engrossando assim o movimento iniciado em São Paulo no dia 12. Foram recebidas pelo presidente regional do órgão.
Dois dias depois do protesto em frente à sede do Ibama em São Paulo, contra a construção da usina hidrelétrica de Tijuco Alto, no Rio Ribeira de Iguape, lideranças do lado paranaense do Vale do Ribeira, promoveram ato público em frente à sede do Ibama em Curitiba. Se o empreendimento for em frente, municípios paranaenses do Vale do Ribeira também serão afetados. ((Saiba mais).
Com faixas e slogans os representantes dos manifestantes foram recebidos em audiência pelo presidente regional órgão, Hélio Lyson. Embora tenha dado seu apoio aos manifestantes, Lyzon esclareceu que a decisão final depende de Brasília e colocou-se à disposição para encaminhamentos que se fizerem necessários.
Entre os movimentos sociais e organizações da sociedade civil presentes estavam a Associação Sindical dos Trabalhadores da Agricultura Familiar de Cerro Azul – PR (Astraf); o Centro de Estudos, Defesa e Educação Ambiental (Cedea); Mater Natura; o MST - Movimento dos Sem-Terra de Curitiba e Região Metropolitana; o Sindicato Estadual dos Servidores Públicos da Agricultura, Meio Ambiente (Sindi/Seab), Fundepar e Afins do Paraná e erra de Direitos.
Leia mais sobre as barragens no Ribeira.
Com informações do Cedea e Sindi/Seab
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Irmã Ângela (MOAB - ElDorado - SP) e demais COLEGAS,
Embora com poucas pessoas, mas altamente representativas, o dia 14 de março de 2008, em Curitiba, consistiu no seguinte:
1) Compareceram ao Ato em frente ao IBAMA-PR, as seguintes entidades:
a) ASSTRAF - Associação Sindical dos Trabalhadores da Agricultura Familiar de Cerro Azul
- PR;
b) CEDEA - Centro de Estudos, Defesa e Educação Ambiental;
c) MATER NATURA;
d) MST - Movimento dos Sem Terras de Curitiba e Região Metropolitana;
e) SINDI/SEAB - Sindicato Estadual dos Servidores Públicos da Agricultura, Meio Ambiente,
Fundepar e Afins do Paraná.
f) TERRA DE DIREITOS.
2) Foram colocadas duas faixas em frente ao IBAMA-PR e ao lado da Reitoria da UFPR, as quais permanecem lá.
3) Foi feita a audiência com o Presidente Regional do IBAMA-PR, Sr. Hélio Lyzon, o qual se posicionou em apoio à nossa luta, porém deixou claro que a decisão final não depende do PR, nem de SP, mas de Brasília. Está à nossa disposição para encaminhamentos que se fizerem necessários.
4) Demos entrevistas para os seguintes meios de comunicação de massa:
a) Jornal do Vale do Ribeira;
b) Jornal O Estado do Paraná (texto da reportagem publicada segue abaixo);
c) Ao vivo, entrevista para o Jornal do Meiodia da Record (Programa Ricardo Chab);
d) Ao vivo, entrevista para a Rádio CBN (Central Brasileira de Notícias), com o Repórter
Felipe.
5) Fizemos várias fotografias para documentar o evento, das quais seguem três em anexo a
esta mensagem.
6) Também foi feita uma explicação aos agricultores familiares, durante a Assembléia da
ASSTRAF, em Cerro Azul - PR, no dia 13/03/08.
7) A luta continua!....
Um grande abraço a todas e todos.
Laura Jesus de Moura e Costa.
CEDEA e SINDI/SEAB.
Fones: 41 - 9961-6336 ou 3333-3864 ou 3252-8566.
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Manifestação contra Hidrelétrica do Tijuco Alto
http://www.parana-online.com.br/noticias/index.php?op=ver&id=336531&caderno=3
Luciana Cristo [15/03/2008]
Foto: Aliocha Mauricio
João Oliveira pede indenização.
Integrantes da Associação Sindical dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Asstraf) e
de outros grupos contra a instalação da Usina Hidrelétrica do Tijuco Alto no Vale do
Ribeira afixaram ontem faixas em frente ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (Ibama), no centro de Curitiba. Foi mais um ato de protesto
contra o parecer técnico favorável à viabilidade ambiental da construção, emitido pelo
Ibama no mês passado.
Os manifestantes foram recebidos pelo superintendente do Ibama no Paraná, Hélio Sydol,
que se mostrou solidário com a causa, mas ressaltou que as decisões são feitas pelo órgão
em Brasília.
A destruição de terras de pequenos produtores agrícolas e a perda de elementos históricos
são as principais preocupações. "Perderíamos duas cavernas em Cerro Azul que têm
vestígios pré-históricos que nem foram estudados ainda", exemplificou a coordenadora dos
protestos, Laura Costa. Segundo ela, uma ação civil pública contra a usina deve ser
protocolada no Ministério Público Federal.
Na opinião do agricultor João Oliveira, morador de Cerro Azul há 30 anos, se a usina
realmente sair do papel, ao invés da simples compra da casa dos moradores, todos deveriam
receber uma indenização. Dinheiro, para o agricultor Leo Gilliet, não resolve o problema.
"Não sabemos lidar com o dinheiro. Se recebermos, depois de um mês estamos sem a nossa
plantação e sem dinheiro, formando favelas em torno dos municípios atingidos", reflete.
No início do projeto, que é da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), cerca de 200
famílias venderam suas propriedades. Em Cerro Azul e Dr. Ulisses restam 600 famílias que
deveriam ser remanejadas para o início das obras.
Além da construção da usina de Tijuco, o projeto é para mais três hidrelétricas (Funil,
Itaoca e Batatal) no Rio Ribeira de Iguape. Se construídas, as barragens inundariam uma
área de aproximadamente 11 mil hectares.
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